Páginas

sábado, 29 de outubro de 2011

Deserto




Não sinto nada.


Sinto-me em um deserto, onde nada acontece, os dias quentes e as noite gélidas.

Na parte útil do dia cheia de afazeres, não consigo nem pensar, mas quando paro  vem a calmaria gélida da monotonia.

Um deserto de emoções.

Ninguém me motiva, me emociona ou me cativa, todos são iguais, descartáveis.

Provavelmente é isso que se ganha quando se escolhe o caminho da razão, você não se decepciona, mas em troca perde a habilidade de sentir.

Os dias são iguais, os momentos parecidos, os beijos técnicos, as relações vazias, as pessoas substituíveis.

Você vive bem, sem surpresas, mas falta algo.

Queria sofrer, queria ter um amor platônico, uma paixão lancinante, com sorte talvez um amor correspondido. Não peço muito não, pode ser qualquer sentimento.

Preciso de alguém que me resgate do deserto em que fui parar que me faça sair desta monotonia, preciso sentir.

Isso é uma coisa que só diz respeito a mim, você não precisa retribuir só precisa me tirar daqui.

sábado, 22 de outubro de 2011

Ela sempre chega



Um dia a morte chega.

Com seu cavalo negro, em um relance, ela sempre chega.

Quem fica sempre permanece com um sentimento de impotência, porque essa é a única coisa que jamais poderemos evitar.

Ela pode vir quando menos se espera, o choque é imenso e a dor te pega de uma vez só, porque você não estava preparado para aprender a viver sem essa pessoa, e a vida vai e a leva ela de você.

Já quando você sabe que a morte virá o sentimento dói diferente, você vai aprendendo a viver sem a pessoa que tanto gosta e você sofre por vê-la sofrendo. Luta contra o egoísmo de querer que a pessoa viva, porque você ve a vida saindo dos olhos dela e a dor que ela sente por não poder mais viver como antes.

Quando este pessoa se vai, todos os sentimentos que temos e lembranças que vem sobre ela são mais vagas, mais distantes, intangíveis.

Por isso a morte talvez doa mais para quem fica do que para quem vai, por isso somos tão egotistas em relação a ela, sabemos que sofreremos.

Se tratássemos ela como natural, que ocorrera a todos, não sofreríamos tanto.

Porque todos sabemos que um dia a morte vira para nós, como vem para todos, ela sempre vem.

sábado, 15 de outubro de 2011

Falta



Eu sinto sua falta.

Ninguém sabe disso não, eu sinto sua falta no meu silêncio, no meu mundo, nos meus devaneios.

Sinto falta do seu olhar, do seu cheiro, do seu sorriso, sinto falta de como você me olha me abraça e sorri, esse seu sorriso gostoso que só você sabe dar.

Sinto falta do que eu sou quando você esta por perto. Você me inspira, me move, me leva a querer ser uma pessoa melhor, para sempre poder dar o melhor a você, que me faz tão bem.

Obviamente que minha vida segue sem você, meus dias são ótimos e eu me divirto tudo corre normalmente sem você por aqui.

Mas sabe aqueles minutos antes de dormir? Aqueles que agente ficava ao telefone até adormecer? Então, é nessa hora que eu mais sinto sua falta, porque aquela sua risada vem aos meus ouvidos e me fazem sentir aquela sensação de sempre. E é ai que meu coração aperta e eu sinto vontade de você.

Sinto sua falta nos detalhes do meu dia, sim, quando beijo alguém que não é você, quando vejo aquela cor que você gosta ou quando eu vou escrever e me faltam palavras, porque quando você tá por perto tudo faz rima, tudo é mais fácil.

Mas essa falta eu guardo só pra mim, me faz te ter por algum tempo, nem que seja pra sentir falta, ainda quer dizer que você esta em mim e isso já me basta.

sábado, 8 de outubro de 2011

Nomes




Você possui um bom relacionamento, gosta da pessoa, a respeita, admira e tem certeza de que é com ela que você gostaria de estar. A recíproca existe.

Esta tudo muito bem, até que surge um momento em que as pessoas sentem a necessidade de chamar essa “coisa” que eles têm e é então que tudo se complica.

Porque quando se rotula alguma coisa se cria normas e normas nem sempre são boas quando falamos em relacionamentos.

O principal problema é a posse, antes os dois estavam juntos porque queriam, depois quando se nomeia vira “meu namorado” ou “meu marido”, já não são mais seres individuais, são um “casal”.

Então as brigas começam e aquela pessoa que antes era perfeita passa a não ser tão boa assim e todo aquele respeito e admiração vão por água a baixo. Você não tem mais certeza se é com essa pessoa que você gostaria de estar.

Começa a pensar em voltar a se ver como um individuo e não como um casal, quer ser livre de toda aquela pressão que veio junto com um simples nome.

Sempre pensam que lá naquela época em que era só eles sem esse nome que resolveram dar ao que tinham eles eram felizes e tudo dava certo.

Então porque tudo mudara? Será que um nome pode mudar tanto as relações que existem entre as pessoas?

Se isso acontece então porque todo mundo quer ter esse status ao invés de valorizarem a relação que existe?

Tenho certeza de que quando notarem que nomes só complicam as coisas e não as tornam mais importantes eles deixaram de ser alvo de tanto desejo.

sábado, 1 de outubro de 2011

Quem é você?




Oi, quem é você?

Não, não quero saber o que qualquer pessoa que te encontre na internet ficara sabendo, essas são apenas informações básicas que se tem hoje com a maior facilidade, uma mascara para todos.

O que eu quero mesmo é saber de onde você veio, o que você passou e para onde deseja ir.

Saber dos seus gostos, desgostos e impressões, o que você pensa sobre a vida, as estrelas e o sobrenatural.
Faria tudo para conhecer seus anseios, seus desejos, seus delírios.

Como você é com seus amigos, com sua família, em seus relacionamentos.

Todo mundo é agradável de primeira impressão, mas e quando você acorda? Nos seus dias de mau humor e quando você esta desesperado? Quem é você quando nem você mesmo sabe?

Estou cansada de saber de superficialidades, quero mergulhar, conhecer, para poder saber quem você é e se eu consigo conviver com isso.

As pessoas hoje vivem de aparência, de círculos de amizades rasas, ninguém sabe quem é quem, ninguém se importa.

Pode parecer estranho, mas eu quero saber de tudo, eu me importo.